parallax background

Employee Experience

13/08/2017

Conversando com um cliente anos atrás percebi o quanto ele acreditava nos resultados da pesquisa de engajamento, no entanto eu via que a maioria das pessoas que trabalhava naquela empresa não estava engajada no propósito da organização. Será que as pesquisas de engajamento retratam a realidade? Caso sim, por que alguns estudos e pesquisas apresentados por institutos renomados afirmam o contrário?

De acordo com o Instituto Gallup, 87% dos empregados no mundo não estão motivados. Os problemas com Engajamento e Produtividade continuam na estaca zero ano a ano, conforme informações analíticas do Glassdoor. Já em 2017, a pesquisa da Delloite: Global Human Capital Trends demonstra que a habilidade das organizações para endereçar problemas de engajamento e cultura caiu 14%. Além disto, a produtividade dos Estados Unidos está crescendo somente 1% ao ano, mesmo com o aumento de horas trabalhadas e uma diminuição no tempo dispendido com férias de 20 para 16 dias por ano de 2000 a 2016.

Estudos apontam para uma nova era onde os índices de clima, engajamento, comprometimento ou satisfação já não suficientes. Há um novo conceito na era corporativa chamado: experiência do empregado. Ele transcende tudo o que foi falado até o momento.

A EX ou experiência do empregado diz respeito à criação de uma vivência significativa de trabalho, com suporte diferenciado dos gestores, uma liderança inspiradora que seja capaz de engajar pelo propósito, uma cultura que propicie objetivos claros e transparentes, uma gestão de desempenho ágil e aberta, um ambiente que propicie a mobilidade de talentos e uma cultura inclusiva que abrace a diversidade eum ambiente de trabalho flexível. Algo como um olhar holístico e detalhado sobre toda a experiência que o empregado tem com a organização.

No entanto, a mesma pesquisa citada pela Delloite afirma que somente 22% das empresas pesquisadas são excelentes em construir uma experiência de empregado diferenciada e 59% dos respondentes afirmaram que não estão prontos para enfrentar os desafios desse tipo de iniciativa.

Tradicionalmente a área de Recursos Humanos tem criado programas de engajamento, cultura, reconhecimento, aprendizagem e liderança de forma independente com ferramentas, consultorias, soluções e gestores internos diferentes. Isto parece funcionar do ponto vista de Gestão de RH. No entanto, o empregado enxerga tudo o que acontece na empresa como uma experiência integrada, desde o momento em que ele é recrutado, entrevistado até os mínimos detalhes.

Os desafios parecem ser enormes e exigem uma transformação na maneira como se olha a experiência de fora. Algumas empresas de ponta têm criado hackathons para coletar ideias dos colaboradores e desenhar novas ferramentas soluções, abordagens abertas e colaborativas que envolvem as pessoas nesta construção. Uma organização feita e desenhada com os princípios da diversidade e compartilhamento de várias ideias com líderes que inspirem o melhor das pessoas tem grandes chances de estar no caminho certo.

Em resumo, melhorar a experiência que o empregado tem com a organização interfere nos índices de turnover, retenção de talentos, traz inovação e consequentemente aumento de competitividade. Como diria Jack Welch: “Mude, antes que seja obrigado a fazê-lo.”

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Obrigada pelo arquivo.

× Como podemos ajudar?