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Mulheres, Empoderamento & Legado

07/03/2019

 https://www.youtube.com/watch?v=BEZe4wukj84

Uma boa parte dos indicadores estatísticos que se referem à mulher na história, nas organizações e na sociedade retratam uma realidade de diminuição e desigualdade. Este estudo, sem nenhuma pretensão de ter um viés feminista ou algo do gênero, demonstra os fatos, oferece algumas reflexões sobre o tema e uma luz no fim do túnel.

Eu, francamente, nunca me senti pertencente à uma classe minoritária, pelo contrário, muito jovem eu já ocupava posições executivas importantes e lutava pelo meu espaço, mas olhando tudo isto, me peguei analisando a minha história, meus referencias e minhas crenças mais profundas.

Talvez poucas pessoas saibam, mas a mulher só teve direito ao voto no Brasil no ano de 1932, muito diferente por exemplo da Nova Zelândia que instituiu o direito ao voto feminino (votar e ser votada) há mais de 125 anos.

De 186 países considerados pela ONU, o Brasil ocupa o 161º no ranking de presença feminina no Poder Executivo. Na lista dos 10 primeiros países estão: Nova Zelândia, Chile, Reino Unido, Suíça, Ilhas Marshall, Myanmar, Islândia, Noruega, Peru e Alemanha. Por “poder executivo” entende-se posições de chefias de governo e ministérios. Considerando os 10 primeiros países, a média está em 28,5%, o que também é muito baixo.

A campanha “Let Girls learn” criada pela Casa Branca com a condução de Michelle Obama encontrou um cenário assustador: Mais de 62 milhões de meninas no mundo não frequentam a escola por que os pais não acreditam que garotas merecem ir à escola.

No estudo global divulgado recentemente pelo instituto Peterson/Revista Forbes, com 21.980 empresas de 91 países afirmou que 60% das empresas não tem mulheres em seus conselhos de Administração e mais de 50% não tem se quer mulheres na liderança.

De acordo com o IBGE de 2017, há um GAP salarial na faixa de 70% em relação aos homens.

Diante de tantos indicadores reais, o que fazer com um tema que atravessa gerações? Como empoderar meninas, jovens e mulheres a ocuparem os seus espaços? Aqui somamos algumas reflexões e sinais de que há sim uma luz no fim do túnel.

  •  De acordo um estudo realizado com 55 mil profissionais de diversos níveis pela Hay Group, mulheres tem mais inteligência emocional do que homens. Este resultado foi respaldado pelo respeitado Inventário de competências Emocionais e Sociais de Daniel Goleman. A maior diferença (nos 12 fatores pesquisados) foi o autoconhecimento.
  • No mesmo estudo feito pelo Instituto Peterson, as companhias que aumentaram a presença de mulheres em até 30% nos cargos de alta liderança obtiveram um aumento de 15% em sua rentalidade.
  • O neurocientista Oscar Marín que dirige o Kings College de Londres afirma que os cérebros de mulher e homem são diferentes, mas isto não tem nada a ver com capacidade.
  • Neste vídeo encantador, entramos em contato com o genuíno olhar de meninos e meninas diante da desigualdade. Há uma grande oportunidade de transformação da sociedade e ela está nas mãos de todos nós, pais, mães e cidadãos comuns.
  • E, se você acha que precisa nascer em berço de ouro para mudar alguma coisa, confira a biografia de algumas mulheres, com histórias simples e ao mesmo tempo grandiosas.

Billie Jean King – considerada uma das melhores tenistas atletas de todos os tempos. Lutou contra a desigualdade dos prêmios oferecidos às mulheres na década de 1940.

Marta Vieira da Silva – Eleita 6 vezes a melhor jogadora de futebol no mundo.

Madre Teresa de Calcutá, conhecida como a Santa das Sarjetas, eleita a missionária do século XX.

Maria da Penha – criou uma ONG sem fins lucrativos que luta contra a violência doméstica e contra a mulher.

Oprah Winfrey – talk show de maior audiência da história da televisão americana.

Indira Ghandi – Brilhante política, estrategista e pensadora. Como mulher, ocupou a mais alta posição do governo numa sociedade patriarcal.

Há muitas outras… é só pesquisar.

Fecho este artigo com a frase de Simone Beauvoir, uma mulher muito à frente de seu tempo, uma escritora francesa e ativista que escreveu o livro “O segundo sexo”, veja só você, na década de 40.

“Que nada nos defina, que nada nos sujeite. Que a liberdade seja a nossa própria substância, já que viver é ser livre.”

 

 

 

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