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Uma boa parte dos indicadores estatísticos que se referem à mulher na história, nas organizações e na sociedade retratam uma realidade de diminuição e desigualdade. Este estudo, sem nenhuma pretensão de ter um viés feminista ou algo do gênero, demonstra os fatos, oferece algumas reflexões sobre o tema e uma luz no fim do túnel.
Eu, francamente, nunca me senti pertencente à uma classe minoritária, pelo contrário, muito jovem eu já ocupava posições executivas importantes e lutava pelo meu espaço, mas olhando tudo isto, me peguei analisando a minha história, meus referencias e minhas crenças mais profundas.
Talvez poucas pessoas saibam, mas a mulher só teve direito ao voto no Brasil no ano de 1932, muito diferente por exemplo da Nova Zelândia que instituiu o direito ao voto feminino (votar e ser votada) há mais de 125 anos.
De 186 países considerados pela ONU, o Brasil ocupa o 161º no ranking de presença feminina no Poder Executivo. Na lista dos 10 primeiros países estão: Nova Zelândia, Chile, Reino Unido, Suíça, Ilhas Marshall, Myanmar, Islândia, Noruega, Peru e Alemanha. Por “poder executivo” entende-se posições de chefias de governo e ministérios. Considerando os 10 primeiros países, a média está em 28,5%, o que também é muito baixo.
A campanha “Let Girls learn” criada pela Casa Branca com a condução de Michelle Obama encontrou um cenário assustador: Mais de 62 milhões de meninas no mundo não frequentam a escola por que os pais não acreditam que garotas merecem ir à escola.
No estudo global divulgado recentemente pelo instituto Peterson/Revista Forbes, com 21.980 empresas de 91 países afirmou que 60% das empresas não tem mulheres em seus conselhos de Administração e mais de 50% não tem se quer mulheres na liderança.
De acordo com o IBGE de 2017, há um GAP salarial na faixa de 70% em relação aos homens.
Diante de tantos indicadores reais, o que fazer com um tema que atravessa gerações? Como empoderar meninas, jovens e mulheres a ocuparem os seus espaços? Aqui somamos algumas reflexões e sinais de que há sim uma luz no fim do túnel.
Billie Jean King – considerada uma das melhores tenistas atletas de todos os tempos. Lutou contra a desigualdade dos prêmios oferecidos às mulheres na década de 1940.
Marta Vieira da Silva – Eleita 6 vezes a melhor jogadora de futebol no mundo.
Madre Teresa de Calcutá, conhecida como a Santa das Sarjetas, eleita a missionária do século XX.
Maria da Penha – criou uma ONG sem fins lucrativos que luta contra a violência doméstica e contra a mulher.
Oprah Winfrey – talk show de maior audiência da história da televisão americana.
Indira Ghandi – Brilhante política, estrategista e pensadora. Como mulher, ocupou a mais alta posição do governo numa sociedade patriarcal.
Há muitas outras… é só pesquisar.
Fecho este artigo com a frase de Simone Beauvoir, uma mulher muito à frente de seu tempo, uma escritora francesa e ativista que escreveu o livro “O segundo sexo”, veja só você, na década de 40.
“Que nada nos defina, que nada nos sujeite. Que a liberdade seja a nossa própria substância, já que viver é ser livre.”
2 Comments Comments on SILVANA MELLO’S article
Renata Cesar Pereira 1st degree connection1st Business Owner at BraiNforRent
Muito bom Silvana. Parabéns!
Silvia Cobo 1st degree connection1st Especialista em Negócios para o Mercado Financeiro – Gerando Valor para o Cliente SAP –
Silvana, excelente e apropriado texto, uma vez que o Dia Internacional da Mulher está chegando e vemos poucas mudanças efetivas do reconhecimento de mulheres, que como nos e tantas outras entramos em algumas batalhas para conquistar um espaço no mundo corporativo !